quinta-feira, 30 de setembro de 2010

3ª Semana: A lei do Processo

“Não é o sonho de uma vida; é um sonho que leva uma vida”

Leia: Gênesis 37:1-36; 39:1-42:6; 47:13-26

Vamos lá, continuar esta missão. Já pensei em desistir, mas vou adiante...

Liderança é investimento a longo prazo. Ninguém torna-se um líder eficiente de um dia para o outro, é necessário que seus liderados o reconheçam como tal e muitos fatores influenciam neste processo. Para que se chegue a um nível de aceitação o líder cristão precisa passar por diversas etapas de desenvolvimento. Ao desenvolver seu caráter, seu relacionamento com Deus e com as pessoas, ele acaba por desenvolver sua capacidade de liderança. Não basta somente que ele tenha uma visão adequada do que fazer e de como fazer, mas que ele tenha a capacidade de mobilizar as pessoas a isso, para isso a maturidade é primordial. José do Egito, por exemplo, sabia onde devia chegar, mas o caminho ainda não era claro para ele, era preciso que ele passasse por experiências de amadurecimento para que adquirisse sabedoria e humildade, características importantes para o cargo de liderança que viria a ocupar mais tarde. Basta observar a vida de grandes homens como Moisés, Josué, José, Daniel, Paulo, etc, para perceber o processo de desenvolvimento pelos quais passaram. Para nenhum deles foi fácil. Cada um possuía uma personalidade diferente, com virtudes e fraquezas, mas a semelhança entre todos é que foram sensíveis a voz de Deus, foram obedientes.

Achei muito interessante a frase-chave deste capítulo “Não é o sonho de uma vida; é um sonho que leva uma vida”. Pois são os sonhos que instigam as pessoas a viver. É pelos sonhos que as pessoas vivem, sem o sonho não há esperança nem perspectiva de mudança. Não estou falando de sonhos como contos fantásticos, estou falando dos sonhos do dia-a-dia que nos movem a objetivos que podem até ser além da vida, mas que determinam nossa vida hoje. Deus dá às pessoas sonhos específicos e junto com eles missões. No início eles não são muito claros, mas a obediência a Deus e a sua Palavra aos poucos revela cada passo a ser dado e no fim toda a jornada é esclarecida, quando se consegue obter sucesso. O Senhor coloca no coração dos líderes sonhos e com eles lhes dá talentos, dons e vocações que lhe permitirão realizá-los. Junto com os sonhos vem inquietações profundas que o comovem e o fazem se mover para o alvo que Deus lhes destinou. Deus ainda permitirá que o líder passe por diversas situações de aprimoramento, de fortalecimento na fé, bem como de dependência dEle. Neste caminho a benção do Senhor não desampara aqueles que são fiéis e que buscam a sua face.

Dentro de cada um de nós é possível ouvir ecoar algo que nem ao menos sabemos explicar, ressoa lá dentro e nos impulsiona, com o tempo isso vai ficando cada vez mais claro e quando não atingimos ou tornamos pleno isto, ficamos frustrados, parece uma canção pessoal que Deus colocou em nós e é isso que chamo de vocação.

Muitos possuem sonhos, mas poucos tem a disposição de ir até o fim atrás deles. Os sonhos de Deus não são fáceis, requerem doses extras de auto-superação. O meu sonho maior é ser uma pessoa coerente com a Palavra de Deus, não quero ser só mais um hipócrita que fala do que não faz, é uma tortura pra mim falar do evangelho e as vezes ser tão diferente dele. Como ser um exemplo pras pessoas se eu mesma não consegui ainda superar velhas coisas? Eu penso que o pecado seja como um vício, uma dependência, com a qual vamos lutar todos os dias de nossas vidas. Ainda bem que temos o nosso grande Consolador, o Espírito Santo para nos ajudar a vencer a nós mesmos.

O meu maior sonho é ser constante na minha atitude de submissão a Deus, na minha decisão de servir a Cristo independente das circunstâncias, na minha capacidade de dizer “Não” às coisas do mundo e de poder anunciar as Boas Novas sem constrangimento algum, como quem não tem medo ou do que se envergonhar e com poder e autoridade vinda de Deus. Eu vou continuar persistindo até o fim, não parar, pois sei que sem Deus não posso viver.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

2ª Semana

Leia: Números 13:1-33, 14:1-38; 27: 12-23; Josué 1:18

A situação era a seguinte: o povo de Israel fugido do Egito, mandou espias à terra de Canaã para que analisassem as possibilidades de conquista do território. Foram 12 príncipes, um de cada tribo, dentre eles Josué e Caleb, personagens principais do capítulo. Dez príncipes foram contra a entrada dos israelitas na terra e somente esses dois tiveram opinião contrária.

A influência do líder sobre as pessoas sob sua autoridade é de grande responsabilidade. Usando de sua influência, o líder pode conduzir às pessoas a objetivos errados, como no caso dos dez príncipes das tribos israelitas que deram relatórios negativos sobre a terra de Canaã, desanimando o povo e impedindo que recebessem de imediato a terra prometida. Caleb e Josué, com objetivos corretos quais sejam a confiança na promessa de Deus e o bem-comum, eram líderes com pouco poder de mando e portanto não puderam se fazer ouvidos. Por conta disto o cumprimento da promessa de Deus foi adiada. Isto quer dizer que não basta que o líder cristão tenha a visão correta, planos da parte de Deus, mas também autoridade suficiente para conduzir seus liderados.

Segundo Maxwell, as pessoas não seguiram a Caleb e a Josué por diversos motivos. Eles esqueceram de como a mão de Deus operou sobre suas vidas desde a saída do Egito; estavam acomodados com a situação no deserto, pois estavam vivendo, mesmo que de modo restrito; e tinham medo de morrer no combate para conquistar a terra, mas o principal motivo pelo qual o povo se acorvadou era a pouca influência que os dois possuíam naquele momento.

A liderança de Josué se amplificou com o tempo, com investimento e porque ele soube aproveitar as oportunidades de amadurecimento. Durante todo este tempo ele seguiu um caminho reto diante de Deus e perante os homens. O autor enumera alguns aspectos da vida de Josué encontrados na Bíblia:

1º Josué era um homem de oração, que buscava tempo de intimidade com o Senhor no Lugar Secreto.

2º Josué era obediente, obediente a Deus e também à liderança constituída sobre ele. Ele entendia que era vontade de Deus que os israelitas habitassem em Canaã.

3º Josué não desanimou diante das circunstâncias, ele teve fé e prosseguiu fazendo aquilo que Deus lhe designou.

4º Ele dava a vida pelos seus liderados, pela sua missão, mesmo sendo reprovado pelos liderados, pois ele tinha um alvo definido.

5º Josué possuía um relacionamento íntimo com Deus.

Tudo isto contribuiu para o sucesso da missão de Josué. Além disto ele possuía um mentor com grande influência sobre o povo de Israel, Moisés, acompanhava de perto aprendendo com as experiências que via e que lhe passou “o cargo” após sua morte.

Outro ponto importante da vida de Josué e que devemos ter como exemplo é sua autoridade sobre a própria família. O ditado popular diz: “Santo de casa não faz milagre” e ainda “Casa de ferreiro, espeto de pau”. Mas a vida de Josué mostrava exatamente o contrário: ele primeiro estabeleceu sua influência sobre a própria família. É na intimidade que o líder mostra mais seus defeitos e se mesmo assim ele tem um bom nível de influência sobre os seus, isto quer dizer que ele também está apto a expandir sua influência sobre os demais. Estando certo de seus objetivos, Josué não seguiu o que a maioria dizia, mas conduziu sua família pelo caminho adequado, resolveu continuar andando corretamente. O mesmo modelo de líder espiritual, Josué exercia sobre sua família, de forma que era um sacerdote dentro e fora de casa.

O aumento da influência é importante, porque assim o líder obterá maior sucesso na execução de planos segundo o coração de Deus. Pois se ele possui pouca influência não vai conseguir motivar as pessoas ou lhes expor suas idéias. Mas, me parece estranho pensar em aumento de influência, como se fosse algo relativo a querer dominar o mundo ou às pessoas, até por se tratar de uma linguagem empresarial. O que me dá até arrepios. Tenho reservas quanto a esse “american way of life”...

Continua...

sábado, 25 de setembro de 2010

1ª Semana: A lei do Limite

Leia:

I Samuel 10:17-24, 13: 5-15, 15:10, 16:13, 18: 12-16

II Samuel 5: 1-3, 11:1-5, 14, 15, 26, 27; 12:1-15

Com este capítulo podemos depreender várias lições. A primeira delas é que como líderes somos limitados, mas essa limitação pode ser ampliada, não totalmente extinta, através do aumento da nossa capacidade de liderança. Capacidade de liderança significa a mesma coisa que potencial para influenciar pessoas.

Vemos o exemplo de dois reis constituídos por Deus à Israel, Saul e Davi, e as diferenças de sua capacidade de liderança. Ambos possuíam estórias semelhantes, mas com limites diferentes. Saul parecia o líder nato, por suas características físicas que se sobressaíam aos demais, já Davi era apenas um garoto quando foi ungido por Samuel. Os dois foram aconselhados e ungidos por Samuel, mas ao contrário de Saul, Davi escutava e temia o profeta de Deus. Saul deixava se levar por seus caprichos, seduzido pelo poder que sua posição lhe dava, não mais buscava a sua fonte de autoridade no Senhor, mas passou a basear seu reinado em sua pessoa. Não era obediente, humilde e muito menos sabia reconhecer suas falhas e se arrepender. Em seus momentos de erro, não voltava-se para Deus, pedindo perdão, era orgulhoso e permanecia intentando em seus desígnios. Já Davi possuía uma enorme capacidade de se arrepender e buscar o Pai. Ele era apaixonado por Deus e sabia que sua infidelidade o afastava d'Ele. Além disso, ele percebia que a consequência de seu pecado atingia o seu reinado, isto é, reconhecia que a fonte de seu poder era o próprio Deus. Na liderança cristã, quando confiamos na força de nosso braço acabamos líderes frustrados, porque não conseguimos ampliar alguns dos nossos limites.

È importante, portanto, saber quais são os nossos limites, pois alguns podemos ampliar, outros só com a intervenção divina. Para ampliar os limites é necessário coragem, fé, força de vontade, iniciativa, capacidade de reconhecer que se é dependente do outro. Conforme vão-se ampliando os limites individuais do líder maior sua capacidade de influenciar pessoas.

De forma pessoal, acredito que meus principais limites são dificuldades no relacionamento com as pessoas, por exemplo, levo muito tempo pra construir amizades, desenvolver relações de confiança, pois sou bastante desconfiada, não gosto de forçar intimidade com as pessoas. Além disso, tenho dificuldade em me adaptar a alguns comportamentos, talvez por isso essa barreira em fazer amizades. Tenho dificuldade em reconhecer que sou dependente, embora já esteja melhorando nessa área. Sou bastante crítica, questionadora, tenho dificuldade em me submeter a uma autoridade ou ordem que pra mim não faça sentido, sou teimosa, etc, etc... Vários defeitos. Mas acredito que o que realmente importa é reconhecê-los e trabalhá-los. E isto vem com a vivência, as experiências que Deus vai possibilitando para que cresçamos. Outros limites são relativos a minha vida espiritual. È necessário cada vez mais conhecimento de Deus e de sua Palavra. Preciso exercer mais a minha fé e a minha confiança n'Ele. Buscar em Deus a força que preciso pra vencer todas as barreiras, superar a mim mesma. Como preciso de Deus!

21 Minutos de Poder sobre a Vida de um Líder

Tive uma idéia para movimentar este blog.
Vou postar algumas coisas que tenho escrevido sobre o livro "21 Minutos de Poder sobre a Vida de um Líder" de John Maxwell.
O título parece ser mais um "besteirol americano", mas com o o o passar das semanas tem me levado a várias reflexões sobre mim mesma, minha vida espiritual, etc.
O livro é organizado em 21 semanas, com 5 dias cada. Vou postar minhas reflexões semanais aqui.
O mais importante nesta vida está dentro de nós! É o que não podemos ver ou tocar, toda beleza aí reside.
O que mais tenho medo não é de descobrir meus defeitos, mas é de não conseguir superá-los.