Questionar as simplificações sobre
Deus, fé e religião é um direito legítimo do ser humano, e deveria ser
utilizado principalmente pelos que compartilham do cristianismo. Jesus
fez isso com a religião de seu tempo, questionou as tradições dos
homens, voltadas para o comportamento, enquanto Deus estava preoupado
com a transformação interior, do coração.
Porém, não crer
em Deus revela apenas a cegueira espiritual do indivíduo, por mais
genial, inteligente e competente cientificamente ou filosoficamente ele
seja. Os homens sem o Espírito Santo de Deus são incapazes de
compreender pelo seu intelecto as questões relativas à fé salvadora.
Religião, ciência, filosofia e arte são modos diferentes de compreensão
da realidade. Contudo, quando nos utilizamos, por exemplo, dos tópicos
de validade teórico-científica para a religião, deturpamos seu caráter
fundante que é a revelação.
Defendo a teologia, filosofia e
sociologia da religião, mas penso que para nós cristãos, a autoridade
máxima se encontra na Palavra revelada de Deus, na Bíblia, e não em
teorias filosóficas, sociólogicas ou antropológicas, etc. Devemos estar
conscientes do que cremos e da autoridade do nosso conhecimento (do
evangelho e de seu poder para salvação), sem impô-lo, mas declarando a
importância de sua interiorização pela fé, por meio da Graça e do agir
do Espírito Santo.