terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Amar e obedecer

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele”. (Jo 14:21)

Amar e obedecer fazem parte de uma decisão: servir a Deus. Amar, em todos os aspectos, é compreender e servir ao outro, apesar dele e de si mesmo. O amor é a prerrogativa para obedecermos a Deus: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14:15).

O trecho do versículo 13 do capítulo 9 de Mateus “Misericórdia quero e não holocaustos”, repetido em Mt 12:7, Mc 2:16 e Lc 5:32, aparece originariamente em no livro do profeta Oséias cap. 6, verso 6: “Pois misericórdia quero, e não sacrifício e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos”. No hebraico a palavra que traduzimos por “misericórdia” nestas passagens bíblicas é hesed, que quer dizer amor fiel, ou seja, quando duas pessoas por meio de uma aliança firme, leal pertencem uma a outra. Isto quer dizer que o Senhor não precisa dos teus sacrifícios e mais ainda que ele não os quer se não forem acompanhados de um relacionamento profundo com Ele.

Por isso o amor de Deus com seu povo é representado muitas vezes na Bíblia como o matrimônio entre homem e mulher. Da mesma forma o relacionamento de ambos deve ser reflexo do amor de Cristo para com a Igreja, a noiva. E esse amor deve se estender a toda a humanidade.

A obediência verdadeira não emerge do sacrifício vazio de significado, mas de uma motivação intrínseca que advém do conhecimento de quem é Deus, de quem somos e do que estamos fazendo aqui. Conscientes de tais coisas praticamos o sacrifício de nós mesmos como dito em Rom 12:1-2 “Rogo-vos , pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Assim faremos por reconhecer a autoridade de Deus nas nossas vidas, não por medo, pois onde há medo há opressão e sim por amor e gratidão.