segunda-feira, 27 de junho de 2011

Imensurável Amor

“Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

Desde o início da humanidade o homem provou ser um contumaz pecador, dado à desobediência, sendo incapaz de justificar a si mesmo ou de se livrar do poder do pecado que atua nele.

Mesmo ainda estando distantes, mesmo antes que existíssemos ou independentemente da vontade de serví-lo, o Senhor entregou seu Filho por meio de um sacrifício pleno em poder para perdoar os pecados de toda humanidade. Não há nenhum merecimento nisto, é tudo dom de Deus: “Mas Deus sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo - pela graça sois salvos” (Efésios 3:4).

Sabemos que Deus é luz e onde a luz alcança, as trevas se desvanecem, como está escrito: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu filho nos purifica de todo pecado” I João 1:7. As trevas significam o domínio do pecado sobre o homem. A aproximação com Deus tem como consequência instantânea a revelação de quem somos e dos caminhos maus que temos andado, mas nos leva a uma transformação contínua. Isto acontece porque Deus é Santo e a sua pureza contrasta com o nosso pecado, Deus é Santo, mas é também santificador.

Deus nos revela nossos pecados e produz em nossos corações o arrependimento para que possamos restaurar nossa comunhão com Ele. Tal coisa só é possível por meio do arrependimento, confissão de pecados, perdão e da purificação de nossos pecados. reconhecer nosso erro e nossa culpa não é suficiente, é preciso arrependimento real. O interessante sobre o arrependimento é que é um sentimento motivado por Deus em nosso interior, de tal forma que sentimos tristeza pelo modo como temos agido e assim mudemos de rumo. O arrependimento suscitado por Deus transforma o pensamento, nos faz aceitar as consequências dos nossos erros e nos conduz na firme resolução de não cometermos as mesmas coisas. Assim como luz e trevas não coabitam, santidade e pecado são opostos. Só podemos conviver com Ele, se formos parecidos com o mesmo.

Mas a boa notícia é que não há nada que você e eu possamos fazer que mudará o amor incondicional que Ele tem por nós. Todavia, isto não nos exime de nossa responsabilidade em rejeitar o pecado, mas nos ajuda a entender a dimensão do amor de Deus. Quando tomamos consciência disto passamos a compreender o que graça quer dizer. Seu amor nos salvou e é capaz de nos livrar de nossas iniquidades e transgressões. É o próprio Deus quem nos dá a possibilidade de salvação, nos purifica e nos transforma: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (II Coríntios 3:18).

Tal possibilidade existe porque Jesus Cristo, mesmo sendo o Filho de Deus, cheio de glória e majestade se fez carne, habitou entre nós, sem cometer pecado, e por isso é o cordeiro santo, que se apresentou em sacrifício pleno diante de Deus para a expiação dos pecados de toda a humanidade. Se fôssemos capazes de deixar o pecado por nossas próprias forças a morte de Cristo teria sido em vão, sem utilidade alguma.

Deus não nos chama para sermos adeptos de uma religião ou frequentarmos um templo ou balbuciarmos palavras vazias de significado perante Sua divindade. Nem nos chama para vivermos massacrados pelo domínio do erro e da culpa: “Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (II Co 3: 17). Ele nos convida a um relacionamento íntimo, real, intenso, radical, visceral. Ele nos chama para sermos filhos e entregar toda nossa confiança em Suas preciosas mãos. O amor de Deus nos convoca a partilharmos deste sentimento arrebatador, que exige de nós uma comunhão integral com o Pai, aquele que dissipará de nós toda treva.