terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Jesus Cristo é o Senhor!

Aquele menino tão pequeno que um dia nasceu numa manjedoura, mesmo sendo Deus abriu mão de toda glória, se revestiu de corpo corruptível, para demonstrar o fundamento da obediência, qual seja, o amor. 

A si mesmo se entregou em sacrifício por amor de muitos, todos aqueles que nEle porão sua própria vida, por reconhecer a graça do perdão que lhes foi concedida. 

Ele morreu numa cruz, mas em grande honra e glória ressuscitou, está assentado a direita de Deus. Somente nEle esperaremos, porque é o nosso Sumo sacerdote e Cordeiro perfeito, aquele que intercede junto ao Pai para que nenhum dos que lhes foi dado se perca e por isso cremos que com Ele  ressuscitaremos e gozaremos da Sua presença eternamente. 

Teu nome, JESUS, está acima de todo nome, Teu é o poder, a honra e a glória para sempre! Diante de Ti todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Tu és SENHOR!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Eu quero é ser livre!

O mundo promete prazer ilimitado, promete também liberdade e satisfação. Por toda a minha vida estive em busca de tais coisas e não encontrei nenhuma ali. Sempre estive incompleta, vazia, pois as promessas do mundo são vazias e mentirosas. O prazer é fugaz, incompleto e viciante. Como uma droga o pecado precisa ser consumido sempre em maiores doses, mas nunca satisfaz de forma plena seu usuário.
A liberdade da razão, do corpo, dos limites espaciais e temporais há muito são prometidas e defendidas desde o início dos tempos, por meio de correntes filosóficas, costumes, festas orgiásticas, etc e toda sorte de episódios que procuram agradar aos desejos do homem. Na atualidade isto também ocorre com o agravo do estímulo ao consumismo e ao individualismo. Assim como os produtos perdem rápido seu valor com o uso e logo são descartáveis, refletimos o mesmo modo de consumo com a nossa identidade, as pessoas e com a natureza. Basta que reflitamos sobre as relações cada vez mais fugazes de amor e amizade. E o modo como temos explorado predatoriamente a nossa “Terra”.
prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção, pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor. II Pe 2:18-19
A modernidade e a ciência nos ensinaram algo interessante, com todos os seus bens e males a relativizar. Relativizar significa comparar dentro de um quadro de referência um elemento e estabelecer relações complexas entre os vários elementos, ligando-os a uma totalidade. No plano moral, a relativização de valores tem se refletido na crise/mudança de diversas instituições sociais milenares tais quais a família e a religião. Podemos verificar tais fatores ao analisarmos o nível egocêntrico e hedonista em que chegamos, onde por exemplo, numa relação amorosa somos incapazes de fazer sacrifício de algo pelo outro, a infidelidade é prática contumaz, juntamente com o engano e as separações. Rápido é a maneira como os casais se formam e é também como se divorciam.
Um filósofo chamado Ludwig Feuerbach declarou: “A aparência é a essência de nossa época” e isto é verdade. Estamos tão ligados à imagem, às construções midiáticas de beleza, de moda, de riqueza, que acabamos construindo sobre isso nossos valores. Geramos uma série de distúrbios psicológicos e problemas sociais em pessoas que não se enquadram nesses perfis são submetidas: distúrbios alimentares e de comportamento, depressão, preconceito, discriminação, bullying e acredite envolvimento com a criminalidade incentivada pela insatisfação de participar das promessas de consumo da modernidade.
Será que não nos damos conta a que ponto chegamos? Que sociedade louca, que produz indivíduos “esquizóides” (descolados da realidade)? É essa a liberdade que o mundo dá? Uma liberdade que prende em toda sorte de cadeias, de padrões de beleza e comportamentais que temos que seguir, se não somos desprezíveis, descartáveis?
Mas há outro caminho e é dele que quero falar. Entenda que a ideologia dominante no mundo (e não digo só como questão de classe, não cabe aqui aprofundar o conceito) é essa que relatei acima. Se você já está cansado da falácia do mundo saiba que há um Deus que enviou seu Filho ao mundo para que fôssemos livres ao crer em seu nome. A vida que Deus nos promete é plena e abundante, pois não trata das coisas palpáveis, fala das coisas eternas.
Sem Deus e sem seu Espírito Santo habitando em nós somos incapazes de romper com os padrões deste mundo e deixar seus prazeres (incompletos e passageiros). É este Espírito quem nos dará a vida, quem nos fará diferentes. Seremos fortes o suficiente e convencidos por Ele de que o pecado não vale a pena, não vale padecer o resto da eternidade por breves momentos de satisfação da carne:
“Ele vos deu vida, estando vós ainda mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne , fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Ef 2:1-3
Onde está o Espírito aí há liberdade. E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Espírito do Senhor. II Co 3:17,18
O Senhor Deus nos convida a uma vida de liberdade em Sua presença, pois livre dos padrões do mundo e da escravidão da carne, estaremos submetidos à vontade de Deus que é “boa, perfeita e agradável”. Este é um processo contínuo que chamamos de santificação, que significa que quanto mais nos aproximamos de Deus, e contemplamos sua glória, mais somos transformados até que nos tornemos iguais a Ele.
Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência (inclinação, desejo que motiva o pecado); aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. I Jo 2: 17

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Imensurável Amor

“Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

Desde o início da humanidade o homem provou ser um contumaz pecador, dado à desobediência, sendo incapaz de justificar a si mesmo ou de se livrar do poder do pecado que atua nele.

Mesmo ainda estando distantes, mesmo antes que existíssemos ou independentemente da vontade de serví-lo, o Senhor entregou seu Filho por meio de um sacrifício pleno em poder para perdoar os pecados de toda humanidade. Não há nenhum merecimento nisto, é tudo dom de Deus: “Mas Deus sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo - pela graça sois salvos” (Efésios 3:4).

Sabemos que Deus é luz e onde a luz alcança, as trevas se desvanecem, como está escrito: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu filho nos purifica de todo pecado” I João 1:7. As trevas significam o domínio do pecado sobre o homem. A aproximação com Deus tem como consequência instantânea a revelação de quem somos e dos caminhos maus que temos andado, mas nos leva a uma transformação contínua. Isto acontece porque Deus é Santo e a sua pureza contrasta com o nosso pecado, Deus é Santo, mas é também santificador.

Deus nos revela nossos pecados e produz em nossos corações o arrependimento para que possamos restaurar nossa comunhão com Ele. Tal coisa só é possível por meio do arrependimento, confissão de pecados, perdão e da purificação de nossos pecados. reconhecer nosso erro e nossa culpa não é suficiente, é preciso arrependimento real. O interessante sobre o arrependimento é que é um sentimento motivado por Deus em nosso interior, de tal forma que sentimos tristeza pelo modo como temos agido e assim mudemos de rumo. O arrependimento suscitado por Deus transforma o pensamento, nos faz aceitar as consequências dos nossos erros e nos conduz na firme resolução de não cometermos as mesmas coisas. Assim como luz e trevas não coabitam, santidade e pecado são opostos. Só podemos conviver com Ele, se formos parecidos com o mesmo.

Mas a boa notícia é que não há nada que você e eu possamos fazer que mudará o amor incondicional que Ele tem por nós. Todavia, isto não nos exime de nossa responsabilidade em rejeitar o pecado, mas nos ajuda a entender a dimensão do amor de Deus. Quando tomamos consciência disto passamos a compreender o que graça quer dizer. Seu amor nos salvou e é capaz de nos livrar de nossas iniquidades e transgressões. É o próprio Deus quem nos dá a possibilidade de salvação, nos purifica e nos transforma: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (II Coríntios 3:18).

Tal possibilidade existe porque Jesus Cristo, mesmo sendo o Filho de Deus, cheio de glória e majestade se fez carne, habitou entre nós, sem cometer pecado, e por isso é o cordeiro santo, que se apresentou em sacrifício pleno diante de Deus para a expiação dos pecados de toda a humanidade. Se fôssemos capazes de deixar o pecado por nossas próprias forças a morte de Cristo teria sido em vão, sem utilidade alguma.

Deus não nos chama para sermos adeptos de uma religião ou frequentarmos um templo ou balbuciarmos palavras vazias de significado perante Sua divindade. Nem nos chama para vivermos massacrados pelo domínio do erro e da culpa: “Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (II Co 3: 17). Ele nos convida a um relacionamento íntimo, real, intenso, radical, visceral. Ele nos chama para sermos filhos e entregar toda nossa confiança em Suas preciosas mãos. O amor de Deus nos convoca a partilharmos deste sentimento arrebatador, que exige de nós uma comunhão integral com o Pai, aquele que dissipará de nós toda treva.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Un petit poème d'amour:

Soneto da Entrega sem Regra

Com amor eterno me amou.
Escolheu ao Pai obedecer,
Por sua cruz posso dizer
Que hoje livre sou!

Em seu amor não há sombra de variação.
O Senhor a mim me escolheu,
A ti, todos os povos louvarão!
Não posso negar que sou seu.

Longe de Ti não posso estar,
Me lançarei em teus braços,
Correrei para Teu altar!

Tu és meu Rei,
Seguir teus passos vou,
E a Ti me entregarei.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Tua Graça Nos Basta

Acredito que a melhor forma de oferecermos um culto racional a Deus é entregarmos nosso entendimento à contemplação de sua Palavra, reconhecendo sua graça totalitária através de Seu amor. Pergunto-me, por vezes, que amor é esse que venceu até a morte e que não importando nada que eu fizesse, mesmo assim me amou de modo tão extremo e gratuito?

As Escrituras, assim como eu, consideram o homem um ser de natureza decaída, que apesar de feito à imagem e semelhança do Deus que é perfeito em todas as coisas (“Criou Deus, pois o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou” Gen 1:27), escolheu seguir seus próprios impulsos e paixões. Embora, em sua essência perfeito, a desobediência original marcou o restante da descendência humana com o signo do pecado. A primeira questão que poderia nos ocorrer, é: se o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, porque decaiu em si mesmo, já que seria perfeito inicialmente?

A resposta que encontramos é que havia uma característica fundamental no homem: a liberdade de seu espírito ou o livre-arbítrio, sua capacidade racional de tomar decisões. Havia ali também no Éden o adversário de Deus, Satanás, que outrora anjo de luz, decaiu em seu próprio orgulho e soberba e agora intentava contra todo plano de Deus. Satanás em forma de serpente começou a lançar dúvidas para Eva, a companheira de Adão: “Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” Gen 3:1 ao que Eva retrucou dizendo que só não poderiam comer da árvore do meio do jardim, como na ordem expressa a Adão, antes mesmo de sua companheira ser criada: “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres certamente morrerás. Disse ainda o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que seja idônea” Gen 2:16-18. Naquele instante a serpente passou a confundir Eva, ponde em cheque a bondade e o amor de Deus para com os dois. Justificando que passariam a conhecer o bem e o mal, a serpente lançou sobre o coração de Eva a curiosidade, o desejo pelo fruto e à cobiça pelo conhecimento: “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu” Gen 3: 6

Pausa para uma digressão. O apóstolo Paulo em sua primeira carta a Timóteo a cerca deste episódio escreveu: E Adão não foi iludido, mas a mulher sendo enganada, caiu em transgressão. I Tim 2:14. Vimos anteriormente que a ordem de não comer da árvore plantada no meio do jardim foi dada expressamente ao homem, enquanto a mulher foi criada depois. Sendo assim, a responsabilidade direta era de guardar aquela ordem era de Adão, enquanto Eva obedecia por tabela. Enquanto Adão desobedeceu consciente das consequências que viriam, Eva foi iludida. Apesar disso, eram indesculpáveis já que além de comerem o fruto proibido, descumpriram uma ordem dada diretamente a eles, preferindo obedecer ao seu desejo carnal de comê-lo acima da vontade de estar em comunhão com Deus, cedendo à mentira de Satanás.

Mas será que Deus já não sabia de todos os acontecimentos que iriam se suceder? Claro que sim! A bendita árvore do conhecimento do bem e do mal com a interdição de se comer de seu fruto se tornaria uma fonte iminente de curiosidade e de tentação para os humanos, mas ainda ali sua natureza não fora corrompida e Deus como pai amoroso e complacente, esperava que seus filhos o obedecessem por amor, se não por isso, pelo menos por medo de morrer. A morte a que Deus se referia era a separação da criatura com o criador.

A Palavra de Deus nos afirma que entregue a si mesmo, o homem era incapaz de dominar-se: “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo o desígnio do seu coração” Gen 6:5. Deus chegou a destruir a humanidade, para que pudesse ser renascida da família de Noé, mas o problema está na própria natureza humana: o pecado. No capítulo primeiro de Romanos a partir do versículo 16, Paulo descreve claramente como a humanidade preferiu negar o conhecimento verdadeiro do Deus vivo para se dedicar à adoração das criaturas no lugar do Criador, se entregando a suas “paixões infames” e “por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes” Rom 1:28. Ora o conhecimento de Deus e de seus atributos são reconhecíveis na sua própria criação, sendo por isso todos os homens inescusáveis.

Deus por sua infinita misericórdia arquitetou um plano de salvação, já que os homens por si mesmo são incapazes de se salvar e de obedecer às suas leis, tendo estas o papel só de lhe informar a sua vocação para transgredi-las, revelou seu favor imerecido dando-nos seu filho: Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo 3:16. Nisto se manifesta o amor de Deus, sendo nós culpados de nossas transgressões, vendo que não haveria modo de pagá-las, nem pelo preço de nossa vida, Deus enviou seu filho, Santo Cordeiro, para morrer por cada de um nós. E embora a disposição para o pecado ainda esteja dentro de cada um de nós, aqueles que creem na obra suficiente e redentora de Cristo, são capazes de pedir perdão e se arrepender de seus pecados, sendo assim “o arrependimento não é o que fazemos para obter o perdão; é o que fazemos porque fomos perdoados” Brennan Manning.

Desta maneira, conscientes que não temos qualquer merecimento, que nada que possamos fazer poderá nos redimir e que nada do que fizemos diminuiu o amor de Deus por nós, entendamos o significado das palavras: “misericórdia quero e não holocaustos” (Mt 9:13), sabendo que nossas obras, nossos ministérios, nossos rostos compungidos, nossas tentativas de “santidade”, são todos em vão, porque se pomos nossos estribos em nossos próprios esforços estamos condenados ao fracasso. A nossa natureza continua apontado para os maus desígnios, mas a graça é de graça. O que o Senhor quer de nós é disposição em estar próximo dEle, nos aperfeiçoando numa relação íntima com nosso Pai, porque mesmo sendo como somos, Ele nos ama infinitamente.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Epifania do Amor

Não amamos indubitavelmente alguém até que se dilua o reflexo de nós mesmos que projetamos nesse outro.
Quando isto se faz ou desfaz, passamos a olhar o verdadeiro ser que nossa alma cultuava. Desaparecido tal encanto somos capazes de contemplar a integridade do ser, estabelecer uma relação de alteridade, já que o desencanto gera estranhamento.
Se nos revela o paradoxo, o contra-senso, entre o que imaginávamos antes e o dado revelado.
Assim, duas possibilidades surgem: a busca e a projeção de si mesmo em um "novo amor" ou o reencantamento da relação com a aceitação do outro, apesar de ambos...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Amar e obedecer

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele”. (Jo 14:21)

Amar e obedecer fazem parte de uma decisão: servir a Deus. Amar, em todos os aspectos, é compreender e servir ao outro, apesar dele e de si mesmo. O amor é a prerrogativa para obedecermos a Deus: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14:15).

O trecho do versículo 13 do capítulo 9 de Mateus “Misericórdia quero e não holocaustos”, repetido em Mt 12:7, Mc 2:16 e Lc 5:32, aparece originariamente em no livro do profeta Oséias cap. 6, verso 6: “Pois misericórdia quero, e não sacrifício e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos”. No hebraico a palavra que traduzimos por “misericórdia” nestas passagens bíblicas é hesed, que quer dizer amor fiel, ou seja, quando duas pessoas por meio de uma aliança firme, leal pertencem uma a outra. Isto quer dizer que o Senhor não precisa dos teus sacrifícios e mais ainda que ele não os quer se não forem acompanhados de um relacionamento profundo com Ele.

Por isso o amor de Deus com seu povo é representado muitas vezes na Bíblia como o matrimônio entre homem e mulher. Da mesma forma o relacionamento de ambos deve ser reflexo do amor de Cristo para com a Igreja, a noiva. E esse amor deve se estender a toda a humanidade.

A obediência verdadeira não emerge do sacrifício vazio de significado, mas de uma motivação intrínseca que advém do conhecimento de quem é Deus, de quem somos e do que estamos fazendo aqui. Conscientes de tais coisas praticamos o sacrifício de nós mesmos como dito em Rom 12:1-2 “Rogo-vos , pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Assim faremos por reconhecer a autoridade de Deus nas nossas vidas, não por medo, pois onde há medo há opressão e sim por amor e gratidão.