terça-feira, 12 de julho de 2011

Eu quero é ser livre!

O mundo promete prazer ilimitado, promete também liberdade e satisfação. Por toda a minha vida estive em busca de tais coisas e não encontrei nenhuma ali. Sempre estive incompleta, vazia, pois as promessas do mundo são vazias e mentirosas. O prazer é fugaz, incompleto e viciante. Como uma droga o pecado precisa ser consumido sempre em maiores doses, mas nunca satisfaz de forma plena seu usuário.
A liberdade da razão, do corpo, dos limites espaciais e temporais há muito são prometidas e defendidas desde o início dos tempos, por meio de correntes filosóficas, costumes, festas orgiásticas, etc e toda sorte de episódios que procuram agradar aos desejos do homem. Na atualidade isto também ocorre com o agravo do estímulo ao consumismo e ao individualismo. Assim como os produtos perdem rápido seu valor com o uso e logo são descartáveis, refletimos o mesmo modo de consumo com a nossa identidade, as pessoas e com a natureza. Basta que reflitamos sobre as relações cada vez mais fugazes de amor e amizade. E o modo como temos explorado predatoriamente a nossa “Terra”.
prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção, pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor. II Pe 2:18-19
A modernidade e a ciência nos ensinaram algo interessante, com todos os seus bens e males a relativizar. Relativizar significa comparar dentro de um quadro de referência um elemento e estabelecer relações complexas entre os vários elementos, ligando-os a uma totalidade. No plano moral, a relativização de valores tem se refletido na crise/mudança de diversas instituições sociais milenares tais quais a família e a religião. Podemos verificar tais fatores ao analisarmos o nível egocêntrico e hedonista em que chegamos, onde por exemplo, numa relação amorosa somos incapazes de fazer sacrifício de algo pelo outro, a infidelidade é prática contumaz, juntamente com o engano e as separações. Rápido é a maneira como os casais se formam e é também como se divorciam.
Um filósofo chamado Ludwig Feuerbach declarou: “A aparência é a essência de nossa época” e isto é verdade. Estamos tão ligados à imagem, às construções midiáticas de beleza, de moda, de riqueza, que acabamos construindo sobre isso nossos valores. Geramos uma série de distúrbios psicológicos e problemas sociais em pessoas que não se enquadram nesses perfis são submetidas: distúrbios alimentares e de comportamento, depressão, preconceito, discriminação, bullying e acredite envolvimento com a criminalidade incentivada pela insatisfação de participar das promessas de consumo da modernidade.
Será que não nos damos conta a que ponto chegamos? Que sociedade louca, que produz indivíduos “esquizóides” (descolados da realidade)? É essa a liberdade que o mundo dá? Uma liberdade que prende em toda sorte de cadeias, de padrões de beleza e comportamentais que temos que seguir, se não somos desprezíveis, descartáveis?
Mas há outro caminho e é dele que quero falar. Entenda que a ideologia dominante no mundo (e não digo só como questão de classe, não cabe aqui aprofundar o conceito) é essa que relatei acima. Se você já está cansado da falácia do mundo saiba que há um Deus que enviou seu Filho ao mundo para que fôssemos livres ao crer em seu nome. A vida que Deus nos promete é plena e abundante, pois não trata das coisas palpáveis, fala das coisas eternas.
Sem Deus e sem seu Espírito Santo habitando em nós somos incapazes de romper com os padrões deste mundo e deixar seus prazeres (incompletos e passageiros). É este Espírito quem nos dará a vida, quem nos fará diferentes. Seremos fortes o suficiente e convencidos por Ele de que o pecado não vale a pena, não vale padecer o resto da eternidade por breves momentos de satisfação da carne:
“Ele vos deu vida, estando vós ainda mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne , fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Ef 2:1-3
Onde está o Espírito aí há liberdade. E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Espírito do Senhor. II Co 3:17,18
O Senhor Deus nos convida a uma vida de liberdade em Sua presença, pois livre dos padrões do mundo e da escravidão da carne, estaremos submetidos à vontade de Deus que é “boa, perfeita e agradável”. Este é um processo contínuo que chamamos de santificação, que significa que quanto mais nos aproximamos de Deus, e contemplamos sua glória, mais somos transformados até que nos tornemos iguais a Ele.
Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência (inclinação, desejo que motiva o pecado); aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. I Jo 2: 17

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